Música

Samba e Carnaval são debatidos durante seminário em Maricá

Evento contou com diversas personalidades do gênero

Evento foi um pontapé inicial no fomento à cultura do Carnaval na cidade, com propostas de projetos para empregabilidade na área
Evento foi um pontapé inicial no fomento à cultura do Carnaval na cidade, com propostas de projetos para empregabilidade na área |  Foto: Divulgação/Leonardo Fonseca
  

Além de reunir profissionais do Carnaval, sociedade civil e autoridades, o  I Seminário Samba & Carnaval, que aconteceu nesta quarta-feira (14), levou a Maricá, grandes nomes do Carnaval carioca.

Discutindo a temática "Carnaval Patrimônio Imaterial do estado do Rio de Janeiro, traduzindo saberes, fazeres, identidade e memória coletiva", o evento foi um pontapé inicial no fomento à cultura do Carnaval na cidade, com propostas de projetos para empregabilidade na área. 

Um dos principais nomes presentes foi Luiz Carlos Magalhães - diretor cultural da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa, foi diretor Cultural da Portela e presidente da mesma por dois mandatos, onde foi campeã no mesmo ano. Ele ainda foi nomeado diretor da Federação Nacional do Samba (Fenasamba), e eleito diretor cultural da entidade no ano de 2022.  

"Vim prestigiar o evento pois sei da vocação de Maricá para a realização de desfiles e esperamos que os projetos expostos aqui, sejam efetivos para auxiliar os profissionais do samba e conseguirmos alcançar a valorização dos profissionais do Carnaval", explica. 

Quem nunca ouviu a voz ecoar pela Marques de Sapucaí: "Atenção, Sapucaí", antes dos desfiles? Um dos bordões mais amados pelos sambistas é marca  registrada de Vanderlei Borges, de 75 anos - 60 dedicados à festa popular -, locutor oficial do Carnaval do Rio de Janeiro pela Liesa e com 16 anos de avenida.

"Estamos vivendo neste momento um fato de uma importância muito grande para todo Carnaval do estado do Rio. Maricá, hoje, se torna cidade polo de incentivo de um grande evento que é o nosso Carnaval, o maior espetáculo a céu aberto do mundo. Enquanto o Carnaval existir, existirá em nosso interior a vontade de viver, de sambar e de ser feliz", comemora.

Outra pessoa que fez história na Sapucaí e foi prestigiar o evento foi Babi Cruz, que desfilou como porta-bandeira na Mocidade Independente de Padre Miguel e na União da Ilha do Governador. Esposa do cantor e compositor Arlindo Cruz, ela sabe da importância da festa para os brasileiros. 

"Não sei contar nenhum momento da minha vida sem o samba e o carnaval. O samba carioca representa todos nós brasileiros para o mundo e é através de simpósios como este que as coisas se transformam, se afinam e melhoram. Aos sete anos de idade fui levada pelas mãos de um dos maiores nomes da história do Carnaval, Mestre André, meu professor de samba e de vida. Homem visionário da nossa cultura. Naquela época, década de 70, fui a primeira criança, vulgo, mulher, a ser liberada pelo juizado de menores a poder atuar à frente de uma bateria de escola de samba, substituindo nossa querida Adelia Fátima na Mocidade", lembrou Babi, fazendo questão de enaltecer: "Que a gente nunca perca as rédeas da nossa cultura pra que o samba se mantenha, se imponha e consiga fabricar grandes artistas, grandes talentos, como uma velocidade muito maior. A união faz a força, a soma tende a multiplicar e que exista uma divisão mais honesta e digna. Como diz Arlindo Cruz: 'Aconselho a você que seja sambista também',  finalizou bem-humorada.

Pluralidade 

"O Carnaval como direito à cidade, cidadania e pertencimento – Pluralidade do Carnaval" foi a última mesa do dia e teve a participação do carnavalesco GRES União de Maricá, Renato Figueiredo; da  presidenta da União Saco da Flores, Eneide Silva; do diretor de Carnaval da GRES Unidos do Viradouro, Alex Sandro Pereira da Silva; da sambista, cantora e compositora Emira Ramos; do representante do Boi Parintins no Rio, Sérgio Noronha; da representante da Associação Carioca de Blocos e Bandas Folia Carioca, Carla Wendling; do presidente da Associação dos  Bate Bolas do Rio de Janeiro, André Fructuoso; e da sambista Babi Cruz.

Com um repertório repleto de clássicos do samba, o seminário finalizou com a roda de samba "Mulheres sambistas de Maricá", formada por Andreia Werling,  Cacau Souza, Enira Ramos, Jaque Guedes, Jô Borges e Patrícia Simpatia. As canções  "Bom Ambiente", de Arlindo Cruz; "Tendência", de Fundo de Quintal; e "Mais Feliz", de Toninho Geraes; não ficaram de fora.

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